INSETÁRIO VIRTUAL

 
















 

Nome(s) comuns:
Broca-do-colo ou Lagarta-elasmo

Nome Científico:
Elasmopalmus lignosellus (Zeller, 1848)

Ordem:
Lepidoptera

Classe:
Pyralidae

Espécies que ela ataca:
Soja, Feijão, Cana de Açúcar, Milho, Trigo

Partes que ataca:
Colo do Caule, Gema Apical,

Características Morfológicas:

A mariposa mede de 15 a 25 cm de envergadura com asas de coloração cinza amarelada.
A pupa apresenta coloração amarelada ou verde, nos segmentos abdominais, passando a marrom e, logo antes da eclosão do adulto, assume a coloração preta.
As lagartas podem atingir 16,2 mm, muito ativas, possuem cabeça pequena marrom-escura e coloração branca esverdeada a amarelada, com faixas transversais marrom ou marrom avermelhada.

Ciclo de Vida:
Com um ciclo total de 30 a 48 dias, o ovo é posto sobre a planta ou no solo, que dentro de 2 a 3 dias eclodem as larvas, que penetram no colmo e em 26 a 35 dias empupam no solo próximo a planta, durando o período pupal de 7 a 10 dias, eclodindo o adulto com longevidade de 11 a 15 dias.

Comportamento:
A lagarta, depois que eclode, alimenta-se inicialmente de folhas. Depois disso desce para a região da base da planta, perfura uma galeria, construindo no orifício de entrada um pequeno casulo saliente de seda, solo e material vegetal. Findo o período larval, transformam-se em pupas, próximos à base da planta ou nas proximidade destas, no solo.
O inseto possui hábito polífago, alimentando-se de plantas cultivadas ou silvestres, em especial gramíneas e leguminosas. Prefere solos arenosos e, para o seu estabelecimento na lavoura, precisa de um período de seca prolongado durante o início da cultura.

Danos:
Na cana- de açúcar:
As lagartas atacam as planta novas, cerca de 30 cm de altura. Provocam a destruição da gema apical, acarretando o secamento da folha mais nova e causando o sintoma de "coração morto".
Construindo galerias no centro da haste da cana, as plantas apresentam-se inicialmente amareladas, em seguida murcham as folhas internas, terminando com o secamento da planta toda, conhecido por "coração morto"
Esta praga ataca mais em períodos secos, após as primeiras chuvas e principalmente em culturas situadas em solos arenosos. Os prejuízos maiores são observados nos primeiros 30 dias da cultura após o inicio da brotação.
No Feijão:
Os maiores prejuízos são verificados em solos de cerrado, sendo que a população da praga aumenta em períodos de seca. As lagartas abrem galerias na região do colo do vegetal, causando secamento e morte das plantas novas. Quando em repouso, a lagarta aloja-se em abrigos laterais feitos de excrementos, terra, teia, etc. Causam maiores danos ao feijão-da-seca.
No Milho:
A lagarta ataca as plantas de milho com até 30 cm de altura e, pela destruição da gema apical, ocorre a morte da folha ainda enrolada. A morte dessa folha central provoca a sintomalogia conhecida como "coração morto". Uma folha enrolada atacada por elasmo; quando chega a abrir, apresenta orifícios redondos uns ao lado dos outros.
Essa praga ocorre com maior freqüência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas. Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 30 dias após a germinação das plantas. Em áreas de plantio direto ou irrigação, os problemas com elasmo são menores.
Na soja:
Essa praga é de ocorrência bastante generalizada, concorrendo para redução do número de plantas e, conseqüentemente, da produção. A lagartinha recém-eclodida penetra na região do colo da planta, abre galeria no interior do caule, junto ao orifício de entrada, elas tecem casulos cobertos por excrementos e partículas de terra,  provocando a murcha e, em seguida, a morte da planta ou danos, posteriormente, com a ação de ventos, intempéries ou implementos agrícolas. A mesma lagarta pode chegar a atacar 3 plantas durante o seu ciclo.
Nos anos de seca, essa praga pode destruir lavouras inteiras logo após a emergência das plantas. Em regiões de solo arenoso, esse ataque é mais intenso, principalmente nos períodos de calor. As plantas desenvolvidas toleram o ataque da praga. Em áreas de plantio direto, sua infestação, em geral, é menor.
No Trigo:
As lagartas atacam partes novas,com destruição da gema apical, após descem para a região da base da folha construindo galerias, inicialmente a planta fica amarela em seguida murcham, causando o sintoma de "coração morto".

Medidas de Controle:
Na Cana-de-açucar e Trigo:
Não existe controle eficiente da praga, porem a aplicação de vinhaça pode contribuir para a diminuição do seu prejuízo.
No Feijão e Soja:
Em regiões de alta incidência da praga, aumentar a densidade de plantas por unidade de área, ou fazer tratamento de semente com carbofuran (350F), por exemplo, utilizando-se 1 litro para 50 a 60 kg de sementes.
No milho:
Tratamento de sementes com inseticidas. Pulverização de clorpirifós ou piretróides. A irrigação também pode diminuir sua infestação.