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Nome(s) comuns:
Broca-da-cana-de-açúcar
Nome Científico:
Diatraea saccharalis (Fabr., 1794)
Ordem:
Lepdopetera
Família:
Pyralidae
Culturas que Ataca:
Trigo,Milho, Cana-de-açucar.Partes que ataca:
Colmo e Gemas apicais
Características Morfológicas:
A mariposa mede em media 25mm de envergadura, apresentando asas
anteriores com coloração amarelo-palha, com desenhos pardacentos, e asas
posteriores esbranquiçadas.
No seu completo desenvolvimento, as lagartas medem cerca de 22 a 25mm de comprimento,
sendo a coloração amarelo pálido e cabeça marrom.
Quando passam a pupa apresentam coloração castanha.
Ciclo de Vida:
A eclosão das larvas se dá após 4 a 9 dias da postura dos ovos. O número de
ovos em cada postura é variável de 5 a 50, sendo esta postura imbricada,
assemelhando a escama de peixe. Atingem seu
completo desenvolvimento em media de 40 dias. Após esta data transformam-se
em pupa permanecendo assim por 9 a 14 dias, emergindo o adulto. O ciclo
completo é de 53 a 60 dias, podendo dar 4 gerações anuais e ate 5 em
condições especiais. Na ultima a lagarta permanece no colmo por 5 a 6 meses.
Comportamento:
Após acasalamento, a fêmea põe os ovos nas folhas, preferencialmente na
face dorsal, a postura é agrupada, sendo variável de 5 a 50 e imbricada
(escama de peixe).
As lagartas alimentam-se do parênquima das folhas, seguindo para a bainha
e depois da primeira "muda de pele" penetram pela parte mais mole do colmo,
abrindo galerias de baixo para cima, podendo ser longitudinal na maioria ou
transversal. Após 40 dias, fazem um orifício para o exterior e fecham com
fios de ceda e serragem, passando a pupa, após 12 dias em media emerge o
adulto que sai pelo orifício.
Danos:
Causam prejuízos diretos pela abertura de galerias, ocasionando perda de
peso e morte de gemas, causando falhas na germinação.
Quando faz galeria transversais, secciona o colmo, e provoca o tombamento
pelo vento, ou então o "coração morto".
Prejuízos indiretos são mais consideráveis, pois pelos orifícios penetram
fungos causando podridão vermelha do colmo, causada pelo Colletotrichum
falcatum.
O ataque da lagarta provoca a morte da espiga, ou seja, o sintoma de "espiga
branca".
No Milho:
Essa praga tem constituído um problema sério para a cultura do milho no
Brasil Central. Em altas infestações, o ataque desse inseto pode causar
perdas de até 21% na produção. Essa praga tem causado danos diretos e
indiretos, afetando o enchimento dos grãos, bem como provocando o
quebramento do colmo devido a infecção por microorganismos e ao próprio dano
causado pela broca na haste da planta. Quando o ataque é intenso, a planta
pode secar precocemente e se tornar improdutiva.
Medidas de Controle:
Cultural: plantio de variedades resistentes ou tolerantes
Biológico: inimigos naturais entre parasitóides e predadores em
condições naturais.
o Parasitoide da broca: Díptero e Heminoptero
o Parasitoide do ovo: Trichogramma ssp.
o Ferormônio.
Químico:
No Milho:
Não existem inseticidas registrados no MAPA para o controle dessa praga
atacando o milho. Experimentalmente, os inseticidas lufenuron (15 g i.a./ha)
e acephate (750 g i.a./ha) aplicados antes da broca penetrar no colmo,
possibilita um controle eficiente da praga. Eliminação de restos culturais
de plantas hospedeiras, ajuda a reduzir a infestação na próxima safra.
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