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Nome(s) comuns:
Lagarta-rosca

Nome Científico:
Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767)

Ordem:
Lepidoptera

Família:
Noctuidae

Espécies que ela ataca:
Soja, Algodão, Feijão, Milho

Partes que Ataca:
Tubérculos, Plantas novas, Colo da planta

Características Morfológicas:
Os adultos são mariposas com 35mm de envergadura cujas asas anteriores  são marrons com algumas manchas pretas, e as posteriores, branca hialina, com o bordo lateral acinzentado. Ocorre diformismo sexual, sendo a fêmea com asa escura da base até a faixa pós-mediana e dai até o bordo lateral mais claro, o macho com asa marrom uniforme em toda a extensão da área.
Os ovos são de coloração branca, globular e as lagartas são de coloração pardo-acinzentada escura, robusta, com tubérculos prestos em cada segmento, atingindo 45 mm no seu desenvolvimento máximo. A capsula cefálica lisa, marrom clara, com a sutura adfrontal chegando ao vértice da cabeça.
A pupa possui um tamanho de 25mm e de coloração marrom brilhante.

Ciclo de Vida:
Apos 4 dias da postura dos ovos nas folhas, as lagartinhas emergem, permanecendo por média de 30 dias transformando-se em pupa por um período de 10 a 20 dias, quando emerge o adulto.
Varia de 34 a 64 dias (ovo: 4; lagarta:20-40 e pupa:10-20). Uma fêmea pode colocar até 1260 ovos; período de pré-oviposição: 3 dias.

Comportamento:
Apresenta grande capacidade de postura, em média de 1000 ovos, que são colocados isolados em solo úmido ou sobre a folhagem. A pupa permanece em câmaras no solo.
Com hábitos noturnos, ficando enroladas durante o dia ou quando tocadas, abrigadas no solo, dando origem ao nome vulgar de "lagarta-rosca"

Danos:
No Algodão:
Corte de plantas novas logo acima do nível do solo.
No Feijão:
Cortam plantas novas junto ao solo
No Milho:
Quando as plantas de milho são pequenas, com idade máxima de 20 dias, as lagartas seccionam as plantas rente ao solo. Em estádios mais avançados de desenvolvimento da planta, as lagartas podem abrir galerias na base do colmo, provocando, com esse tipo de ataque, o aparecimento de estrias nas folhas, semelhantes às causadas por deficiências de minerais. Esse tipo de ataque pode levar ao sintoma conhecido como "coração morto".
Quando a planta já está com mais de 40 cm, a morte sucessiva de plantas devido à ação da praga faz com que a planta perfilhe surgindo um touceira totalmente improdutiva.
Surgimento de manchas semelhantes às causadas por deficiências minerais, quando a lesão é pequena.
Os prejuízos médios acarretados pela lagarta-rosca em alguns locais chega a 7%, sendo que parte é devida ao "coração morto" e o restante ao perfilhamento.
Na soja:
Essas lagartas de hábitos noturnos cortam o caule da planta, determinando uma redução no número de plantas por unidade de área, o que afeta a produção.

Medidas de Controle:
Biológico:
Atacado por parasitismo no campo variando de 10 a 20%, por microhimenópteros e moscas.
Químico:
Pode ser aplicado iscas a base de açúcar ou melaço, com um inseticida, por exemplo 1 Kg de açúcar ou 3 litros de melaço mais 1 Kg Triclorfon e 25 Kg de Farelo de Trigo.
O controle químico da lagarta-rosca deve ser feito em alto volume, com pulverizações dirigidas ao colo das plantas, de preferência ao entardecer, utilizando-se inseticidas em gramas de ingredientes ativo:
  • Metamidofós (Tamaron 500C: 0,5 l/ha)
  • Acefato (Orthene 750 PM: 0,75 Kg/ha)
  • Clorpirifós Etil (Lorsban 480 CE: 0,8 l/ha)
  • Piretróides

Também pode ser aplicado granulados sistêmicos como o:

  • Carbofuran (Furadan 500 G: 15-25 Kg/ha)
  • Aldicarb (Temik 150 G: 5-8 Kg/ha)

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