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Nome(s) comuns: Barriga Verde, Percevejo Barriga Verde Nome Científico: Dichelops furcatus (Fabr., 1775) Ordem: Hemiptera Família: Pentatomidae Culturas que Ataca: Soja, Milho Características Morfológicas: Tem 9 mm de comprimento, coloração marrom uniforme, abdome verde e espinhos laterais negros no protórax. Ninfas marrons com a cabeça pontiaguda. Ciclo de Vida: Faz postura de ovos verde em fileira dupla. Com o ciclo completo em 2 meses e o adulto vive 6 meses, a partir do outono até a primavera. Comportamento: Voam curtas distancias para encontrar plantas e ambiente adequados para sua alimentação e sobrevivência. E no inverno eles são encontrados em plantas de folha larga, devido apresentarem condições mais favoráveis do que as folhas estreitas (gramíneas) Danos: Soja: Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Ao sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção de soja, pois, devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção foliar" ou soja louca, ou seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita mecânica. No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a sucção de seiva as vagens ficam marrons e "chochas". Milho: Sugam a seiva da base do colmo, causando o murchamento da planta e depois o secamento. Podem também provocar o perfilhamento do milho, o que torna a planta improdutiva. Ataques intensos podem causar prejuízos de até 29% na produção. Medidas de Controle: Milho: Pulverização com endosulfan, adicionando-se na calda 1kg de sal ou uréia por hectare. Soja: O nível de ação, a partir do qual o controle químico dos percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5cm, observados na média das amostragens pelo pano-de-batida. Para o caso de campos de produção de semente, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de-batida. Embora os percevejos possam estar presentes na cultura, em diferentes períodos do desenvolvimento da planta, causam problemas apenas na fase de desenvolvimento de vagens e enchimentos de grãos. A ocorrência em alta população durante o período vegetativo é comum, mas não constituem um risco para o rendimento de grãos da cultura e também não será esta a população que, a partir do final da floração, irá colonizar a lavoura. Em função do uso de cultivares de soja pertencentes a diferentes grupos de maturação, as primeiras lavouras colhidas, servem como inoculo de percevejos para as lavouras vizinhas mais tardias que ainda estão desenvolvendo vagens e grãos. Sendo assim, recomenda-se muita atenção com este tipo de lavoura, pois a intensa e rápida migração dos insetos, pode causar danos irreversíveis à cultura. Recomenda-se que o mesmo produto ou um grupo de produtos, não seja utilizado repetidas vezes, ou que se aumente a dose de produtos, pois esses procedimentos poderão intensificar o problema. Uma alternativa economia de controle e a utilização de sal de cozinha (cloreto de sódio) com metade da dose de inseticida recomendado para sua região. Esta alternativa consiste na mistura do inseticida com uma solução de sal a 0,5%, ou seja, 500g de sal para cada 100 litros de água colocados no tanque pulverizador, mas em caso de aplicação aérea, esta concentração aumenta para 0,75%. O primeiro passo e faze a salmoura separada, que deve ser misturada à água do pulverizador que, por último, receberá o inseticida. Após o uso, o equipamento de pulverização e todas as partes que tiveram contato com esta solução, deve ser lavados com água e sabão neutro, evitando assim a corrosão do sal. Como controle biológico, utiliza-se a T. basalis, ocorrendo naturalmente nas lavouras, sendo que o uso inadequado de inseticidas reduz drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle do percevejo. O T. basalis deve ser utilizado em áreas onde o controle de lagarta foi realizado com produtos biológicos ou seletivos. Para manter altas populações do parasitóide nas lavouras e manter a praga abaixo do nível de ação no período de desenvolvimento e formação das sementes, recomenda-se a liberação do adulto de T. basalis na quantidade de 5000/ha. Podendo ser realizado através de ovos parasitados, em cartelas de papelão, sendo neste caso 3 cartelas por hectare, colocadas nas plantas dois dias antes da emergência do adulto. O T. basalis não deve ser utilizado quando: * não houver percevejos na cultura, pois o parasitoide necessita de hospedeiro ** a população de percevejos já estiver próxima do nível de dano econômico (4 percevejos/pano) *** tenha sido pulverizado produto não seletivo É preferencialmente recomendado para áreas contínuas de microbacias hidrográficas. Nessas, a presença de vegetação nativa é fundamental para servir de refugio e facilitar o restabelecimento do equilíbrio entre as pragas e os inimigos naturais. |
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