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Nome(s) comuns:
Coro-do-trigo
Nome Científico:
Phyllophaga triticophaga (Morón & Salvadori, 1998)
Ordem:
Coleoptera
Família:
Melolonthidae
Culturas que Ataca:
Trigo, Cevada, Centeio, Triticale e Aveia, Soja, Milho, Trigo Mourisco,
Couza, Tremoço, Azevém, Ervilhaca.
Partes que ataca:
Sementes, raízes e parte aérea das plantasCaracterísticas
Morfológicas:
O adulto é um besouro de coloração marrom-brilhante, com pelos dourados
bem visíveis na parte lateral do tórax, próximo das pernas, com comprimento
de 2 cm, ocorrendo principalmente no sul do Brasil. Os ovos apresentam
coloração branco-leitosa com 2 mm de diâmetro de forma esférica. As larvas
são tipicamente escaraberiformes de cor branco-amerelada, possui um conjunto
de pelos e espinhos no ráster (extremidade anal na posição ventral) que
forma um desenho típico da espécie, recebendo o nome comum de coró do trigo,
podendo ocorrer em população superior de 60/m2.
Ciclo de Vida:
A espécie apresenta uma geração a cada 2 anos, os ovos são postos em
novembro-dezembro do ano 1; a fase de larva ocorre desde o final do ano 1, e
prolonga-se durante todo o ano 2 e termina em janeiro- fevereiro do ano 3;
As pupas ocorrem de janeiro a abril do ano 3; os adultos se formam a partir
de março e permanecem no solo ate outubro-novembro do ano 3, quando vem a
superfície para acasalamento e dispersão.
Comportamento:
As larvas apresentam 3 instares, ao fim dos quais trocam de pele, não
cavam galerias, sendo favorecidas por solos não compactados e vivem muito
próximo da superfície do solo, concentrando-se ate 10 cm de profundidade,
aprofundando-se um pouco mais no período mais frio.
Danos:
Os danos devem-se às larvas, especialmente ao terceiro instar que comem
sementes, raízes e parte aérea das plantas, que puxam para o interior do
solo, sendo que os sintomas são, murchamento, secamento, morte e
desaparecimento de plântulas, mais tarde, podem ocorrer mortes de afilios,
secamento de folhas, redução do porte de plantas, redução de tamanho e/ou no
enchimento de espigas e tombamento de plantas por falta de raízes. O período
mais critico das culturas vai de maio à outubro-novembro do ano 2. A partir
de então as larvas param de comer e permanecem inativas ate empuparem. Dessa
forma alem dos danos a cultura de inverno podem danificar as culturas de
verão em final de ciclo, março a abril, e/ou semeadas precocemente, outubro
a novembro. Considera-se que 5 corós/m² é o limiar de danos, acima de 10
corós/m² podem comprometer o rendimento normais de cereais de inverno, na
faixa populacional de 25 a 30 corós/m² podem ocasionar danos severos, com
reduções no rendimento de grãos superiores a 50%.
Medidas de Controle:
O controle pode ser preventivo, com tratamento de sementes com fungicida
sistêmico, que circule na seiva da planta, o controle biológico é dos fungos
causando doenças nos insetos, como por exemplo os fungos do gênero
Beauveria, Metarhizium e Cordyceps. |