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Nome(s) comuns:
Larvas-arame, Bicho-arame
Nome Científico:
Conoderus escalaris (Germar, 1824) e Conoderus
stigmosus
Ordem:
Coleoptera
Família:
Elateridae
Culturas que Ataca:
Trigo, Milho, Batata
Partes que ataca:
Partes subterrâneasCaracterísticas Morfológicas:
Os adultos apresentam forma típica de elaterideos e medem em torno de
10 - 20mm de comprimento. C. escalaris apresenta coloração pardo escura a preta
na cabeça e tórax, com élitros marrom avermelhados com algumas manchas
pardo-escura distribuídas próximo ao bordo interno. Devido a disposição do
protórax quando caem de costas, dão saltos voltando a posição normal. C. stigmosus
é a espécie que ocorre com maior freqüência e
apresenta coloração geral do corpo pardo-escura a preta com duas listras
longitudinais amarelas no dorso da cabeça, e duas na parte basal dos
élitros, alem de um desenho amarelo na forma de zigue-zague na parte final
dos élitros.
As larvas apresentam forma típica de "larva-arame" (corpo achatado
e dotado com três curtos apêndices locomotores), atingindo 10 - 25mm de
comprimento, com coloração geral amarelo-esbranquiçada a marrom-clara,
geralmente apresenta a cabeça e a placa anal de coloração marrom.Os
metâmeros são poucos flexíveis e bastante quitinizados, donde lhe veio o
nome de "bicho-arame".
Ciclo de Vida:
A biologia desta espécie não é muito conhecida e os hábitos são variados,
podendo ser encontradas em vegetal em decomposição, em raízes de plantas e
predando outros insetos.
Comportamento:
Realizam a postura no solo, algumas vezes sob restos culturais, a pupa é
encontrada no solo, em câmaras pupais construídas pelas larvas. Geralmente,
constrói galerias e destrói a base do colmo das plantas.
Danos:
Os adultos se alimentam de líquidos adocicados, de insetos mortos e
vegetais e não são considerados pragas.
As larvas vivem no solo, atacam a parte subterrânea de plantas, consumindo
sementes, raízes ou perfurando o caule. As larvas são encontradas em quase
todos os ambientes, às vezes são canibais e predam outros insetos no solo.
Medidas de Controle:
A biologia dessas espécies não é bem conhecida e os hábitos são variados.
Embora o controle químico tenha sido realizado em áreas experimentais, não
há inseticidas registrados para o controle desse inseto. Em áreas que
apresentam histórico de ataque da larva-arame, medidas de controle deverão
ser utilizadas preventivamente na semeadura. Inseticidas utilizados no
controle da larva-alfinete, também apresentam boa performance para a
larva-arame. A umidade do solo é um fator importante no manejo dessa praga.
Em sistemas irrigados, a suspensão da irrigação e a conseqüente drenagem da
camada agricultável do solo, força a larva aprofundar-se, reduzindo o dano
no sistema radicular. |