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Nome(s) comuns:
Bicudo-da-soja ou tamanduá-da-soja

Nome Científico:
Sternechus subsignatus Boh, 1836

Ordem:
Coleoptera

Classe:
Curculionidae

Espécies que Ataca:
Soja

Partes que Ataca:
Haste Principal

Características Morfológicas:
Os ovos de coloração amarela, são colocados em orifícios abertos, através do rostro, no caule da planta no seu local de anelamento e protegidos pelas fibras do tecido cortado.
A larva característica dos curculionídeos, é branca, com a cabeça castanho escura, e desprovida de pernas e vive no interior da planta. Mede cerca de 10mm de comprimento.
A pupa e esbranquiçada, e em câmara no solo.
O adulto tem aproximadamente 8mm de comprimento, rostro curto dirigido para baixo e cor negra ou castanho-escura. O pronoto tem 2 faixas longitudinais de cada lado, formadas por diminutas escamas amarelas. Cada élitro apresenta um processo cônico lateral próximo da base e um desenho constituído por escamas idênticas as do pronoto. Como os élitros são convexos, em vista dorsal percebem-se 3 linhas, 2 oblíquas e uma longitudinal. As listras podem assumir coloração creme, em situações de excesso de umidade.

Ciclo de Vida:
Os ovos e larvas, são encontrados normalmente, entre o 5º e o 6º entre-nó com menor intensidade nos ramos e peciolos.
O inseto dá uma geração por ano, iniciando-se entre outubro e dezembro.
A Larva passa por 5 instares, hibernando no 5º instar, em câmara no solo de fevereiro a outubro/dezembro.
Os adultos ficam duas semanas nas plantas que emergiram antes de migrarem para a oviposição. É ai, no local de emergência, que deve ser feito o controle de adultos (portanto é fundamental saber a época da emergência)

Comportamento:
O adulto agarra-se ao caule da planta de soja com suas pernas e dilacera os tecidos com o rostro, advindo dai a denominação de "tamanduá".
Os adultos ,durante o dia, são encontrados sob folhagens da soja ou restos de cultura anteriores, movimentando-se para partes mais altas das plantas somente durante a noite, para o acasalamento, dependendo das condições ambientais. Este movimento inicia-se às 15h com pico entre as 20 e as 22h.
De modo geral a fêmea vive mais que o macho.
Para economia de energia, o S. subsignatus alimenta-se próximo ao local onde emergiu do solo após um longo período de hibernação.
Devido ao canibalismo, dificilmente existe mais de uma larva por galha, quando isso ocorre existe barreiras de restos de tecido e dejetos de insetos.

Danos:
Os danos são causados pelos adultos e larvas, que atacam a haste principal. As larvas desenvolvem-se no interior da haste broqueada, provocando o enfraquecimento das plantas, as quais podem se quebrar ou mesmo morrer. Os adultos desfiam o tecido ao redor da haste, resultando num anelamento característico, onde realizam a postura.
O ataque normalmente é em reboleiras, podendo destruir até 8 plantas na mesma linha, atingindo até 50% da plantação. Em áreas de plantio direto de soja, sua incidência tem sido maior

Medidas de Controle:
Rotação de Cultura:
Indicada para reduzir populações de inseto de ciclo longo. Portanto deve-se fazer a rotação de cultura substituindo a soja por espécies não hospedeiras (Milho, Sorgo, Girassol, Milheto, Crotalária, Sesbania, Caupi  e Fedegoso), nas quais o inseto não se alimente, ou por um espécie hospedeira não preferencial (Mucuna, Leucena e Feijão Adjuk), no qual o inseto se alimenta em menor intensidade. Em ambos o ciclo biológico é interrompido, forçando-o a sair da área
Químico:
Pulverização com um dos seguintes inseticidas, em g i.a./ha, segundo recomendação da EMBRAPA: clorpirifós (480), metidation (400), profenofós (400), fosfamidon (500), monocrotofós (200) e deltametrina (7,5). Para o Bicudo, a utilização de plantas-isca e a rotação de cultura com milho, sorgo, girassol e milheto dão bons resultados. Os adultos dessa espécie, por ocasião da emergência, podem ser controlados com profenofós (Curacron 500 CE) ou paration metílico (Folidol 600 CE), com aplicações apenas nos locais onde forem encontrados.

 

 

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